
Já está virando rotina: A torcida botafoguense assistiu mais um "
filme de horror", no empate em 0 a 0 contra o Corinthians, com quase 15 mil presentes no Engenhão.
As duas equipes alvinegras protagonizaram uma partida sofrível, com inúmeros erros de passes e finalizações. A igualdade no placar acabou sendo justa se considerarmos os dois tempos distintos (Corinthians melhor na primeira etapa e o GLORIOSO "
menos pior" na segunda).
Mas vamos falar do nosso amado Botafogo...
Se todos nós passamos a semana inteira lamentando a iminente saída do Maicosuel, certamente ficamos mais preocupados depois do que acabamos de assistir, pois o "
camisa 10" definitivamente é o "
último/único copo de água no deserto alvinegro".
Não dá para culpar e/ou jogar a culpa no Rodrigo Dantas, que é uma aposta. Mas está claro que o garoto sentiu a pressão de substituir o melhor jogador da equipe. Principalmente depois que lhe atribuíram (indiretamente) a tarefa de fazer a torcida relevar a saída do Maicosuel.
Hoje ninguém esteve bem. Exceto o Renan, que teve uma tarde/noite "
de Castillo", com pelo menos três excelentes saídas rasteiras nos pés dos atacantes adversários, evitando a derrota botafoguense em casa.
O resto? Foi resto...
...uns não têm culpa de serem horríveis (o culpado é quem os escala), outros se acham mais do que realmente são e ainda há o caso particular do Leandro Guerreiro, o nosso atleta mais regular e que tem toda a sua importância minimizada pelo técnico Ney Franco, que não enxerga o desperdício que é deixar o volante improvisado na zaga.
Quantas vezes os atacantes corinthianos carregaram a bola do meio de campo até a entrada da área botafoguense? Quantas vezes nós vimos os apoiadores e volantes alvinegros olhando para cima ao ver a bola passando em "
ligações diretas" da zaga para o ataque? Quantas vezes nos perguntamos durante os 90 minutos: "
Pô, ali tinha que estar o Leandro Guerreiro..."?
E já que estou na parte das perguntas, faço mais uma: O Ney Franco não passou a semana inteira agradecendo o fato de ter sete dias para treinar a equipe com novas variações táticas?
Alguém viu algo novo e/ou diferente do que o vem sendo apresentado desde janeiro?
A única coisa que eu sinceramente vi, foi uma sensível melhora no segundo tempo. Hoje, nem por ordem tática, mas por questão de qualidade técnica (?) dos atletas que entraram.
Aí que bate o desespero: Falo de Léo Silva, Tony e Eduardo, por exemplo.
O fato é que o Botafogo melhorou com o Eduardo na zaga, o Gabriel na lateral esquerda (apesar do garoto ter sentido os princípios de vaias ...aliás, por quê?) e um jogador minimamente mais técnico (?) do que o Jean Coral no meio/frente. Quanto ao Léo Silva, a participação pesa a seu favor. Apesar de ser ruim ao extremo e não ter condição de vestir a gloriosa camisa alvinegra. Só que ainda assim, eu tiraria o Fahel, que para variar, foi - mais uma vez - a peça nula da equipe. O famoso "
não fede nem cheira" ou "
café com leite"...
Agora, por que o Botafogo sembre espera as segundas etapas para tentar jogar de verdade (apesar das evidentes limitações)? Por quê o senhor Ney Franco não começa uma partida com o esquema mais ofensivo?
Bom, esquema ofensivo no GLORIOSO é algo raro, mas então chamemos de "
kamikaze", daqueles em que o Juninho vira volante, o Victor cai para a lateral, o Thiaguinho ponta esquerda, etc...
Chego a conclusão de que por mais absurdo que pareça, é a única forma do Botafogo conseguir algo diferente neste Brasileirão. Pode ser um "tiro no pé", é verdade, mas ao menos alguma coisa muda, porque se deixarmos do jeito que está, muitos cardíacos não chegarão até o final do campeonato.
E não cola mais aquele discurso de que o treinador faz milagres com o que tem em mãos, não...
...além de lembrar que as "
ferramentas" foram - na maioria - solicitadas pelo próprio "
professor", cito dois times que acompanhei nas primeiras rodadas: Santo André e Avaí.
Duas equipes que são mais fracas do que a nossa, mas que mostram um esquema definido e total compreensão dos atletas às ordens dos treinadores.
É lógico que Santo André e Avaí brigarão contra o rebaixamento, pois não têm tradição, peso, massa e qualidade. Agora, o Sérgio Guedes e o Silas merecem os parabéns porque esses sim, fazem milagres com o que têm em mãos.
Enquanto isso, o Ney Franco...
Sete dias se passam, muito discurso e nenhuma mudança tática, nem jogadas ensaiadas, nem padrão de jogo. Nada! "
Nada" resume o Botafogo atual!
Uma triste realidade para a torcida, que não merece passar por essa raiva, mas que também tem a sua parcela de culpa por ser passiva e acomodada.
Digo isso porque passou da hora de pedirmos mudanças no time, na comissão técnica...em tudo! Caso contrário - e por mais que "
alguns" prometem o título -, brigaremos contra o rebaixamento. E amigos, é sério...corremos um risco enorme se as coisas continuarem assim.
Hoje nós atuamos como o visitante, mesmo no Engenhão. Só não perdemos por causa do Renan e da péssima noite dos atacantes corinthianos.
Será que o Grêmio terá a mesma piedade no Olimpíco?
Putz, não quero nem ver...
Ah, e vale um outro registro: A diretoria prometeu o título e o Ney Franco traçou duas metas. A primeira, conquistar 27 dos primeiros 30 pontos. A segunda, conquistar 7 pontos dos 9 (três próximos jogos, contando com o de hoje) que serão disputados em breve.
Eu anotei tudo aqui!
Cobrarei a "
briga pelo título" da diretoria e lembro ao "
professor" que a sua primeira meta já não é mais possível, e a segunda só será conquistada se vencermos os dois próximos jogos.
Diante disso tudo, eu pergunto (de novo): Em uma empresa séria e profissional, o que acontece com um trabalhador - considerando que ele tenha todas as condições para exercer devidamente as suas tarefas - que não cumpre/alcança metas estipuladas?
Pois é...
Abre o olho, Fogão!!!
SAUDAÇÕES ALVINEGRAS!!!
NOTAS: BOTAFOGO 0 X 0 CORINTHIANS1- Renan: Se não fosse o goleiro, seríamos derrotados - 7,5
2- Thiaguinho: Não aproveitou a oportunidade na ala direita - 5,0
3- Juninho: Hoje não era o dia (apesar de não ter jogado mal) - 5,5
4- Wellington: Fazia uma partida razoável/discreta até ser substituído no intervalo - 5,5
5- Leandro Guerreiro: O mais prejudicado por esse esquema tático do treinador. Ainda assim, faz o possível para colaborar - 6,0
6- Eduardo: Pela segunda vez consecutiva, melhorou quando foi para a zaga - 5,5
7- Jean Coral: O Fundo de Investimento que me perdoe, hein... - 4,5
8- Fahel: "
O fantasminha camarada", que não está em nenhuma parte do campo, mas estranhamente nunca sai do time - 4,0
9- Victor Simões: É limitadíssimo, mas se esforça. Nesse time, nem o Ibrahimovic faria gol... - 5,0
10- Túlio Souza: Não repetiu as últimas atuações - 5,0
11- Rodrigo Dantas: Tímido, sentiu a pressão - 5,0
12- Gabriel: Tem problemas na marcação e foi novamente perseguido por parte da torcida. De qualquer forma, o time fica mais incisivo com ele em campo - 5,0
13- Léo Silva: Doido por doido, sou mais ele do que o Fahel. Ao menos o Léo Silva não brinca de "
pique esconde" em campo - 5,5
14- Tony: É jogador de Boavista. Ainda assim, bem superior (?) ao Jean Coral - 5,5
Ney Franco: Independente da equipe titular, não consegue dar padrão tático, montar estratégia de jogo e nem criar jogadas alternativas e ensaiadas - 4,5