Uma data duplamente especial

Muitos amigos da minha faixa etária sempre me perguntam a razão de eu torcer para o Botafogo, afinal, nasci durante o jejum de 21 anos e esperei 10 deles para saber o que significava a palavra campeão.

Respondo que eu não torço pelo Botafogo. Eu vivo o Botafogo!

E digo mais: Se hoje eu tenho o prazer de ter o sangue preto e branco, devo ao meu pai, Jacob, que me ensinou desde criança o que a Estrela Solitária significa.

Aliás, o meu pai completa 55 anos nesta quarta-feira, e por isso, além dos parabéns por esta data especial, eu só tenho o que agradecer por todos os ensinamentos de vida, e claro, por ele ter me "feito" botafoguense.

Parabéns, pai!

Pensando bem, os "Federmans" não poderiam torcer por outro clube, afinal, o 12 de agosto também é aniversário do futebol do GLORIOSO. Ou seja, 55 anos do senhor Jacob e 105 anos do futebol alvinegro.

E para parabenizar - e explicar o que significa - o Botafogo, os amigos Fábio "Snoopy", Gil e Rui Moura me responderam algumas perguntinhas rápidas (de forma aleatória):

1- O Botafogo é um clube ...

Fábio: Apaixonante, paradoxal, glorioso, gigante, único ...

Rui: Um clube forjado na coragem do remador Luiz Caldas, na ousadia do garoto Flávio Ramos e na solidariedade total com Abelardo De Lamare em 1911.

2- Ser botafoguense é ...

Fábio: É ter identidade. É ter alma. Ser botafoguense é ser Botafogo, viver o clube.

Gil: É fazer com que os outros nos admirem por esse amor e devoção que temos pelo nosso amado Botafogo.

Rui: Inexplicável, indefinível, inenarrável – é mais do que elevar a alma ao universalismo.

3- Como alvinegro, o meu momento mais feliz foi ...

Fábio: Campeão brasileiro de 1995.

Gil: O título de 89. Lembro-me como se fosse hoje e a emoção faz com que os olhos marejem.

Rui: A conquista do campeonato brasileiro de futebol.

4- E a minha maior tristeza foi ...

Fábio: Três anos antes, com a perda do campeonato brasileiro para o Lixo.

Rui: 2002, claro…

5- ... é/foi o meu grande ídolo!

Fábio: Se é pra responder uma única pessoa, vou por aquele que é o maior ídolo que vi jogar: Túlio Maravilha. Mas não dá pra falar de ídolo em Botafogo e não tocar no nome de, pelo menos, dois gênios do futebol mundial: Nílton Santos e Garrincha.

Rui: Manga, sem dúvida!... Deliciava-me saboreando o impossível – os fantásticos voos de Manga; em resultado, sempre joguei futebol como… goleiro!!!
Outros ídolos: Garrincha e Jairzinho; Túlio Maravilha nos anos ’90; no século XXI apenas André Lima em 2007 – e estou muito feliz com o seu regresso.

6- Não esqueço ...

Fábio: A comemoração do Túlio Maravilha socando o ar, no primeiro jogo da finalíssima do Brasileirão de 1995, no Maracanã, em alusão a Pelé, ídolo maior do Santos Futebol Clube, e em meio à arrogância dos jogadores santistas, que já se consideravam campeões brasileiros.

Gil: No primeiro título disputado após 68, foi em 1971 e éramos chamados de SELEFOGO. Fomos roubados na decisão com um gol do ponta deles chamado “lula”, após uma falta do lateral esquerdo marco antônio, no goleiro Ubirajara. Fui ao Maracanã sozinho, com 14 anos, deixando minha mãe desesperada. Hoje, sei e entendo o que ela sofreu com a minha atitude, mas só o nosso amado BOTAFOGO para causar essa rebeldia.

Rui: No dia em que assisti, no Maracanã, entre quase 150.000 pessoas, à conquista do campeonato carioca de futebol de 1968.

7- Obrigado, Botafogo ...

Fábio: por ter me escolhido a torcer por ti e te reverenciar, por tantas glórias e histórias de alegria e tristeza, que, sejam elas quais forem, me fazem amá-lo cada vez mais.

Rui: Por me teres eleito para o universo botafoguense; foi a primeira de muitas opções vanguardistas da minha vida.

...

Emocionante!

Não é a toa que o Botafogo é um clube especial!

Agradeço aos amigos pela colaboração! E mais uma vez parabenizo os 55 anos do meu pai e os 105 do futebol botafoguense!

SAUDAÇÕES ALVINEGRAS!!!