07/06/20

Vale a pena ver de novo





Hoje tem jogo do Botafogo.

E mais: Com direito a título brasileiro.

Sim, amigos...enquanto o futebol de 2020 não volta, nada melhor do que recordar aquela tensa final de 1995, no Pacaembu. 

A Rede Globo transmitirá o jogo às 16h.

Pipoca na mesa e a garganta pronta para repetir os gritos de 25 anos atrás: É CAMPEÃO!


SAUDAÇÕES ALVINEGRAS!!!

22 comentários:

Marcio disse...

Provavelmente não vou assistir, confesso.
Não pelo jogo do título e sim porque o BOTAFOGO (dirigentes) anda demasiadamente preso ao passado; não se inspira nele para pavimentar um presente/futuro melhor.
Deve ser o desgaste de ouvir muitas vezes o "somos o clube que..."
De qualquer forma, está valendo para quem deseja recordar e/ou para quem seja mais novo e não acompanhou o campeonato.
SA!!!

Rodrigo Federman disse...

Marcio, eu concordo plenamente com a sua afirmação sobre os dirigentes taparem o sol com a peneira nessas situações, mas é impossível deixar de assistir (pelo menos para mim). Eu tinha 16 à época, hoje com 41, comprei dois "ingressos" (meu e do meu filho) virtuais para ajudar os funcionários. Espero que o dinheiro vá para eles mesmo!
Abs e SA!!!

Marcio disse...

Sim, Rodrigo.
Ao final de tudo, o que segura esse CLUBE somos nós, os sempre maltratados Torcedores.
SA!!!

Rodrigo Federman disse...

Sempre, Marcio.
Abs e SA!!!

Anônimo disse...

Estou como o Márcio nessa. Não vou assistir. Explico ao final.
Antes, uma historinha pessoal sobre as decisões de 95.
Foi o ano em que mais assisti a jogos do Botafogo nos estádios, incluindo a vitória de um a zero sobre o Goiás, no Serra Dourada.
Claro, comemorei como um insano naquele dia, que durou umas 50 horas. Na véspera, durante uma das últimas peladas de que participei eu havia feito uma alergia alimentar numa comemoração de final de ano no âmbito do banco em que trabalhava no jurídico. Tomei um anti histamínico e dormi como uma pedra, até às onze da manhã do dia da decisão. Não obstante, comecei a tomar chopp ao meio dia e só parei às duas da manhã, já na madrugada de segunda-feira.
Fui ao jogo da ida, no Maracanã, na quarta-feira anterior. Trabalhava no centro do Rio. Um amigo advogado, botafoguense, foi comigo. Logo na entrada, uma chuva torrencial desabou nas cercanias do velho Maracanã. Pensei que o jogo ficaria prejudicado. O Botafogo, como é sabido, venceu por dois a um, num jogo dificílimo! Fui daqueles torcedores que esperaram pelo pior. Afinal, o Santos havia metido uma goleada eloquente no desprezível número um, na semi-final. Pior ainda, testemunhei a festa que os torcedores do Peixe fizeram ao final do primeiro jogo, naquela noite chuvosa.
Pensei em ir ao Pacaembu no domingo, uma vez que estava bastante familiarizado com São Paulo, onde, pela mesma empresa, havia trabalhado entre 92 e 94. A alergia de que fui acometido falou mais alto e resolvi assistir ao jogo em casa mesmo.
O resto... O resto foi história!, inclusive essa narrativa babaca de que o título foi roubado. No primeiro jogo, houve um lance em que Túlio chegou a concluir para o gol do adversário, numa jogada em que o árbitro incompetente não deveria ter parado, sem mencionar que fizemos o maior número de pontos, somados os dois turnos. Enfim, sequer levanto essa questão com gente menor.
Como disse acima, o resto foi história.
Não irei assistir ao vídeo por razões meio que já expendidas pelo Márcio.
Tenho para mim que o Botafogo deu início a esse maldito processo de decadência e de irreversível apequenamento (não, não acredito nessa história de redenção por meio do tal projeto Moreira Salles) justamente naquele único título brasileiro ostentado pelo outrora Glorioso (não reconheço nenhum título nacional como sendo campeonato brasileiro disputado antes de 1971, como também não reconheço nenhum outro campeonato do desprezível número um após ter ido à terceira divisão e retornado por conta de manobras espúrias).
Trago comigo a plena certeza de que os assim denominados dirigentes do Botafogo (com a necessária ressalva ao nome de Bebeto de Freitas) carregam consigo a convicção de que o Botafogo cumpriu a suma missão existencial com os títulos de 89, com a Conmebol de 93 e com o brasileirão de 95. "Depois disso, não precisamos de mais nada", pensam esses caras, e que se danem os torcedores. Nesse sentido, o que era para ser a retomada de uma era de glórias, se transformou em motivo para a flacidez de alma, para a perda da ambição, para a abdicação da grandeza. Perderam-se três ótimas oportunidades de se reerguer uma instituição quase que universal, como era o Botafogo: 89, 93 e 95. Ao revés, depois daquelas conquistas, vieram dois rebaixamentos e o Zé Gatinha... (segue).
Levi

Anônimo disse...

O Botafogo se transformou numa caricatura de si mesmo.
O campeonato de 95 deveria ter sido simbólico para que se estabelecesse uma base de construção sólida. Virou símbolo de um ponto inicial de decadência.
Ignoraram a lição histórica e universal de que quase absolutamente tudo pode ser feito em torno de um símbolo.
Final da Segunda Guerra: uma das primeiras decisões de governo de um pais arrasado foi refundar a Orchestra e o Coral de Munique. "Não precisamos disso!", gritaram os mais afoitos, mas sim de "coisas essenciais, como comida..." Precisamos sim!", responderam os governantes. Tratava-se de um símbolo e é em torno dele que iremos nos reerguer.
Lá está a Alemanha... O Botafogo deveria estar no mesmo patamar em termos proporcionais, claro.
Minha eterna gratidão a Wagner, Goiano, Gonçalves, Gottardo e André Silva; Jamir, Leandro Ávila, Beto e Sérgio Manoel; Donizete e Túlio, além de Iranildo, Narcisio e Moisés... e a Paulo Autuori.
Meu desprezo a essas outras almas flácidas que fingem comandar o Botafogo.
Ficou longo, desculpem-me o desabafo.
Levi

Rodrigo Federman disse...

Grande, Levi. Eu revi e me emocionei. Graças a Deus consegui abstrair os dirigentes e o Botafogo atual para poder curtir o título de 95. Mas claro, respeito muito as opções que você e o Marcio fizeram.
Abs e SA!!!

Sergio disse...

Costumava comer um salgado delicioso perto do meu trabalho e o dono era um botafoguense fanático. Quando o Botafogo foi eliminado pelo coisa ruim no Carioca o dono do restaurante estava inconsolável, e eu falei para ele: não esquenta não, apesar do resultado do jogo contra o lixo ter sido injusto fica tranquilo pois o Botafogo será campeão brasileiro, e ele: quem dera! E o Fogão foi campeão e comi salgado de graça. Foi realmente uma festa, mas acho que apesar da importância desse título temos que pensar prá frente, e sinceramente se a SA não sair, vamos continuar comemorando o passado.
Sobre ter acertado que o Botafogo seria campeão brasileiro em 95 eu tive a certeza quando o Botafogo venceu o Grêmio de virada no Olímpico, ali senti que o time venceria. Antes, falei mais para consolar o amigo do que outra coisa. Abs e SB!

Anônimo disse...

Eu tinha 9 anos naquela época e algumas vagas lembranças da conquista. Mas o gol do Túlio e a última defesa do Vagner não me saem da memória. Foi muito bom ver esses lances novamente, pena que longe do filhão (devido ao trabalho). Assim como vc Rodrigo, nem me lembrei dos dirigentes. Assim como eu, toda a torcida do glorioso precisa vivenciar mais vitórias e mais títulos. Hora me pego crendo na redenção com a S/A, hora desacreditado! Mas estamos aí na luta, crendo que no final tudo sairá conforme estamos sonhando. E quem sabe os futuros investidores não tenham pensamentos gloriosos para o nosso glorioso!

Vou te enganar, muito difícil um pequeno hoje querer torcer pro nosso Fogão! Mas estamos na luta e mostrando que o preto e o branco são as cores mais bonitas!

SA...André

Marcio disse...

Rodrigo, o Blog, o SEU BLOG, é o único espaço em que me permito exteriorizar o pensamento nas coisas referentes ao BOTAFOGO e até, às vezes, saindo do tema que você coloca como debate.
A sua emoção ao assistir ao jogo, uma decisão já um tanto distante, me permite imaginar que há como prosseguir, me fez entender ainda mais o porquê do Cantinho.
SA!!!

Rodrigo Federman disse...

Sérgio, naquele campeonato, senti firmeza demais depoia do difícil jogo contra o Goiás. Ali, alguma coisa ficou certa.
Abs e SA!!!

Rodrigo Federman disse...

André, foi emocionante mesmo. No meu caso, em especial, podendo falar e explicar tudo sobre aquele time para o meu filho. RS

Pô, Marcio....meu amigo, a honra é toda minha em ter a sua presença e participação diária, sempre enriquecedora. Estamos juntos!!!

Abs e SA!!!

Tiago Almeida disse...

Como era bom o time do Botafogo, Sérgio Manoel, Beto, Túlio maravilha, donizzeti, Wilson Gotardo, Gonçalves, Leandro Ávila, Vagner, Iranildo,só craques

Rodrigo Federman disse...

Tiago, era um excelente time titular. E reservas que, muito aplicados, ralavam muito para não deixar o nível cair.
Abs e SA!!!

Marcio disse...

Não se pode esquecer que no brasileiro de 1994 chegamos às quartas de final e o elenco contava com Vágner, Carlão, W. Goiano, Gottardo, André Silva, Beto, Moisés, Sérgio Manoel e Túlio. O técnico era o Renato Trindade.
Em 1995, no carioca, chegaram Narcisio e Jamir; Renato Trindade e depois o Jair Pereira comandaram o Time.
Depois veio o Brasileiro e chegaram jogadores que se provaram muito importantes, Leandro Ávila, Donizete, Gonçalves... Mas creio que os nomes mantidos da temporada anterior e mais os bons que chegaram foram importantíssimos na conquista.
Não vejo a conquista do brasileiro de 1995 como tendo inciado e terminado no próprio brasileiro.
SA!!!

Rodrigo Federman disse...

Marcio, curioso que ontem o CAM falou que não houve planejamento algum na montagem desse time/elenco.
Abs e SA!!!

Marcio disse...

Rodrigo, quando se fala de BOTAFOGO, sabemos que planejamento não está entre as ações.
Entretanto, vou tentar explicar o BOTAFOGO no carioca de 1995 para justificar o que escrevi no comentário anterior.
A Taça Guanabara tinha dois grupos (A e B) com 8 clubes cada e foi disputada em duas fases, onde os vencedores dos grupos na classificação acumulada faria a final.
Para a fase final e decisiva os 4 primeiros colocados na classificação acumulada em cada grupo formariam um grupo de 8.
Aos vencedores de grupo em cada fase era dada uma bonificação de 1 ponto, assim também para o campeão da Taça GB, ou seja, havia a possibilidade de um clube ir para a fase final com 3 pontos de bonificação.
Pois bem, o BOTAFOGO fez 33 pontos no grupo A (Vasco estava no grupo e fez 31 pontos) e decidiu a Taça GB contra o Flamengo que fez 31 pontos no B (Fluminense estava no grupo e fez 28 pontos).
O Flamengo foi campeão e ganhou 1 ponto de bonificação para a fase final, totalizando 3, pois havia sido campeão do grupo nas duas fases.
O BOTAFOGO, como foi líder apenas em uma fase, levou apenas 1 ponto de bonificação; o Vasco levou o outro ponto por ter vencido, obviamente, uma fase.
Para a fase final o Flamengo iniciou com 3 pontos, BOTAFOGO e Vasco iniciaram com 1 e o Fluminense entrou zerado.
A classificação final da fase decisiva foi a seguinte:
Fluminense campeão com 33 pontos;
Flamengo com 32;
BOTAFOGO com 30;
Vasco com 22.
Somando as duas fases teremos:
Fluminense com 61 pontos; Flamengo com 63; BOTAFOGO com 63; Vasco com 53.
Retirando os pontos de bonificação, 1 de BOTAFOGO e Vasco e 3 do Flamengo, teremos:
Fluminense com 61 pontos; Flamengo com 60; BOTAFOGO com 62; Vasco com 52.
Os números mostram que a campanha do BOTAFOGO não foi ruim e um fator determinante para que faça parecer que não estávamos jogando bem foi a decisão da Taça GB, onde o Marcio Theodoro "jogou" por terra uma reação que seria histórica, já que o BOTAFOGO perdia por 2 a zero, empatou e dava sinais que viraria o jogo. Jair Pereira era o técnico.
Lembrando que a final do campeonato carioca foi um octogonal, Fluminense e Flamengo na última rodada por coincidência, disputaram o título.
Por isso acredito que enquanto Time, haviam coisas boas.
SA!!!

Rodrigo Federman disse...

Sensacional, Marcio. Muito obrigado por essa lembrança incrível.
Abs e SA!!!

Anônimo disse...

Em adendo ao que o Marcio escreveu sobre o carioca de 1995, lembro que esse octogonal decisivo foi disputado em 2 turnos e o Botafogo começou ganhando tudo e os rivais tropeçaram. Faltando 2 jogos para terminar o 1o turno (contra Vasco e América) o Botafogo tinha 6 pontos de vantagem sobre o segundo colocado (tinha ganho de Flamengo e Fluminense). Pois bem, perdeu os 2 jogos. Me lembro que por ocasião do jogo contra o América o Botafogo fez uma excursão com o seu time "B" e dela participaram alguns dos melhores reservas disponíveis (inclusive o centroavante que fez o gol da vitória contra o América - esqueço o nome). Então, graças a esse "planejamento" o Botafogo perdeu a vantagem dos 6 pontos na virada para o segundo turno do octogonal.
Esse título do carioca de 1995 era para ter sido nosso também.
Abs
AC

Rodrigo Federman disse...

Fala, AC. Valeu demais pelo complemento. Fechado em chave de ouro! rs
Abs e SA!!!

Anônimo disse...

Oi Rodrigo
Só uma correção. "inclusive o centroavante que fez o gol da vitória contra o América - esqueço o nome". O gol da vitória contra o Flamengo, na verdade....
Abs
AC

Rodrigo Federman disse...

Valeu, AC. Eu também não recordo! Mas tá valendo demais! rs
Abs e SA!!!