27/05/22

Não se posicionam














O Botafogo já demonstrou o interesse em renovar com o Erison.

Atualmente, o GLORIOSO detém apenas 10% dos direitos econômicos do jogador. O XV de Piracicaba tem outros 10% e o jogador com 80%.

Mesmo com esses números, o Erison falou sobre o assunto:

"- Quero muito ficar aqui no Botafogo, de verdade. Me identifiquei muito com a torcida, com o Botafogo, quero muito ficar, mas não depende só de mim. Esse extracampo eu deixo com minha assessoria, com a empresa, com o Botafogo, isso eu nem me intrometo, eu só penso em jogar e treinar. Por trás de tudo, tenho a empresa que me ajuda, eu só treino e jogo".

Uma pena que os jogadores brasileiros sejam, em sua imensa maioria, tão ingênuos (para não falar acéfalos) assim. Literalmente, um bando de marionetes que não manifestam ou brigam por suas vontades, predileções e preferências.Deixam tudo nas mãos de empresários ou terceiros que não pensam na pessoa, mas apenas em dinheiro

Não consigo entender e nem aceitar um cara que detém a maior parte dos direitos econômicos falar que não depende dele e que não se envolve em nada, pois tem quem o faça.

São esses que logo saem para mercados medíocres e retornam com a bola bem baixinha.

Tomara que não seja o caso do Erison. 

E que se faça ouvir para aqueles que o cercam.


SAUDAÇÕES ALVINEGRAS!!!

13 comentários:

JOTA disse...

RODRIGO, afirmo sem medo de errar que, com raras exceções, a maioria desses caras que cuidam de contratos de jogadores e se dizem empresários, desonram a profissão, pois muitos se metem em "N" falcatruas, quase sempre sem deixar rastros, e mancomunados com alguns dirigentes espertos.
Concordo com o seu comentário e a maioria dos atletas se deixa levar e não se posicionam, talvez por ignorância, falsas promessas, etc, etc.
Um bom final de semana aos amigos do CB.

Rodrigo Federman disse...

É isso, Jota! Uma pena. E isso só serve para entendermos melhor porque vários desses caras não conseguem prosperar em suas carreiras. A má administração e total subserviência custam caro.
Abs e SA!!!

Marcio disse...

Prefiro dizer que é falta de formação, desconhecimento ou qualquer outra coisa semelhante, pois é um absurdo um individuo, seja lá em qual profissão, delegar a terceiros o seu destino.
Uma orientação é sempre muito útil, mas o poder de direcionamento e decisão deveria ser intransferível neste caso;.
Claro que o Botafogo não está obrigado a aceitar as condições do Erison e nem ele as do clube, mas sem terceiros.
SA!!!

Rodrigo Federman disse...

Marcio, sim. Simplesmente deixam que outros escolham seus futuros! Chega a ser bizarro, triste.
Abs e SA!!!

Eduardo Samico disse...

Complicado isso, Rodrigo... Não se compara à situação de um profissional qualquer, seja um economista, motorista de ônibus, engenheiro, frentista do posto da esquina ou atendente de lanchonete que está decidindo se muda ou não de emprego. Muita grana envolvida, muitas nuances nos contratos, os caras são de uma incapacidade e ingenuidade comoventes. E acho que acabam por repetir as falas apreendidas, meio que nessa linha do "quero ficar mas não depende só de mim", "minha assessoria é quem cuida", "a empresa" ou "o empresário" é quem sabe, "eu só treino, chuto a bola, faço os gols"...

Fico pensando, sei lá, lembrei do caso do Vitinho quando saiu do Botafogo no meio do Brasileiro de 2013. Imagina ele chegar para o empresário e falar que não queria ir para a Rússia, que preferia ficar no Botafogo e terminar a disputa daquele campeonato. Que poder de argumentação ele tinha, ainda mais com 19 para 20 anos?

O problema, no meu modo de ver, está naquilo que o JOTA abordou: empresários que não estão preocupados em bem gerir a carreira dos jogadores, mas tão somente em botar logo a mão na grana de eventuais transferências.

São famosas as roubadas em que se meteram alguns grandes do rock clássico, tipo Beatles, Rolling Stones, Black Sabbath, Small Faces... Muita grana envolvida, muitos detalhes que são completamente estranhos à realidade e ao dia-a-dia de jogadores, músicos, artistas em geral.

Abs.

Rodrigo Federman disse...

Eduardo, eu entendo que é um caso um pouco diferente, mas esses caras não podem ser simplesmente assim "deixo tudo nas mãos dos meus empresários". Pô, não têm vontades, gostos? Não podem ser essas marionetes acéfalas! Eles não são "mercadorias", por mais que o futebol seja absolutamente um negócio.
Abs e SA!!!

Eduardo Samico disse...

Não deveriam ser, Rodrigo. Mas poucos, raros até, têm a capacidade que então demonstrou o Igor Rabello, lembra?, quando um clube sei de lá de que canto da Europa demonstrou interesse nele. O Botafogo querendo desesperadamente dinheiro, eram aqueles tempos em que vendíamos o jantar para pagar o almoço, e ele optou por permanecer no clube.

É triste, mas é a nossa realidade... E nessa um jogador pode muito bem acabar saindo de onde se encontre em fase positiva, bem adaptado e tornando-se querido da torcida para ir em busca de uma aventura em um país diferente, com idioma desconhecido, novos hábitos e cultura para se acostumar.

O bom dessa história, para nós, botafoguenses, é que agora temos a expectativa de que se sair um Erison temos condições de buscar jogadores iguais ou mesmo mais qualificados que ele.

Abs.

Rodrigo Federman disse...

Eduardo, concordo plenamente.
Abs e SA!!!

Sergio disse...

É difícil entender um jogador que detém 80% do seu passe não saber o que fazer e diz que depende de outros fatores. Conta outra, quer ficar mas se pintar uma oferta de fora muito alta sai na hora. Cansado desse discurso desses jogadores. ABS e SB!

Marcio disse...

A proposta recusada à época pelo I,. Rabello era de um clube da Chechênia.
Não custa lembrar que o Rabello, hoje com 27 anos, já é um jogador com formação em nível superior, bacharelado e licenciatura em E. Física; isso já comprova que tem preocupação além do campo e bola.
Obviamente que o conhecimento não vem apenas pelo banco de escola, o campo para aprendizagem é infinito, a questão é saber se o individuo está disposto a buscar o conhecimento e melhorar a sua capacidade geral.
Eu não duvido que muitos jogadores vejam os ditos empresários ou procuradores como "protetores", desconhecendo que a relação deveria ser profissional.
Um exemplo que serve bem é do jogador alemão Kimmich, que dispensou os procuradores e conduziu a sua própria renovação com o Bayern.
Afirmou:

"É uma decisão consciente que tomei no ano passado. Decidi por mim mesmo que quero defender ainda mais meus valores e meus pontos de vista. Quero viver de acordo com minha responsabilidade pessoal. Também estou convencido de que sou o melhor que pode representar a minha posição perante os outros"

https://www.espn.com.br/futebol/artigo/_/id/8482494/como-kimmich-pega-exemplo-de-bruyne-e-ignora-superagentes-do-futebol-sou-o-melhor-que-pode-representar-minha-posicao

Independente de ter ou não um procurador, não é exagero o jogador ter o máximo conhecimento sobre o que lhe afeta, como bem afirmou o Kimmich.

SA!!!

Rodrigo Federman disse...

Sergio, é muito difícil mesmo.

Perfeito, Marcio. Poucos são inteligentes como o Rabello.

Abs e SA!!!

PAULO FERNANDO disse...

Compra o XV de Piracicaba e já dobra nosso percentual....kkkkkk

Rodrigo Federman disse...

Mais fácil, Paulo. Rs
Abs e SA!!!