19/05/23

Está identificado














Calma! Faz tudo parte do processo e demanda tempo...
...muito tempo.

Pelo menos é assim que vejo no Botafogo do Luis Castro, que frisou saber quais são os erros e problemas do time e o que precisa ser feito para corrigi-los:

"- Temos coisas boas à frente para conquistar e vamos continuar em um caminho de confiança. Sabemos quando erramos, como erramos e isso é fundamental. Nós temos a consciência do que são os nossos erros ao longo dos jogos para podermos ratificá-los. O mal seria se não conseguíssemos perceber os erros, mas nós percebemos o que aconteceu conosco. Percebemos um Paranaense melhor que nós e sabemos por que esteve melhor que nós. Utilizou muito os corredores, as variações de corredor e temos que nos atentar a isso. Não conseguimos fazer essa circulação pelo lado contrário como deveríamos ter feito. Muitas vezes focamos em um jogador como o salvador, não. A equipe que tem que percorrer o caminho para o sucesso, não é um, dois ou três jogadores que vão conseguir a vitória. O futebol será sempre um esporte coletivo".

O futebol é coletivo! Nossa, aí sim, deu aula. Isso nunca foi uma obviedade. 

Bom, quanto aos erros, ele disse que o pior seria se não conseguisse identificá-los, né? 

Então por que o time nunca atua em outro esquema tático? Por que sempre continuamos com a mesma formação quando levamos um vareio no meio de campo? Por que as mudanças são sempre iguais, sem nunca ter alguma surpresa preparada? 

Se estivesse dando tudo certo, ok. Mas não está! Logo, só tem duas explicações minimamente plausíveis: O Luis Castro realmente acha que está tudo sendo bem feito e/ou é incompetente por não identificar necessidades de alternâncias e/ou opções.

Eu sinceramente acredito que são as duas coisas.


SAUDAÇÕES ALVINEGRAS!!!

8 comentários:

Marcio disse...

"(...)A equipe que tem que percorrer o caminho para o sucesso, não é um, dois ou três jogadores que vão conseguir a vitória. O futebol será sempre um esporte coletivo.(..)"

Obviamente que não discordo de que o futebol é um esporte coletivo; entretanto, fico abismado como esses treinadores não gostam de valorizar a individualidade dentro desse contexto coletivo.
Gostaria de saber do L. Castro, qual o impacto de um LeBron James em uma equipe na NBA...
O Lakers teve a penúltima conquista, 2009/10, com Kobe Bryant e voltou a ser campeão com LeBron James em 2019/20. Coincidência?
E o LeBron James levou o Cavaliers ao seu único titulo, batendo o Golden State Warriors, virando um placar de 3 a 1. E o Cavaliers não era a equipe mais técnica
Ou porque o Chicago Bulls desde a temporada 1997/98 não consegue ser campeão, por coincidência na última temporada do Michael Jordan na franquia.
É claro que todas estas equipes eram organizadas coletivamente e isso ajuda a parte individual, mas fica mais fácil obter resultados positivos quando há o jogador diferente, aquele com capacidade de desequilibrar.
O craque coloca uma equipe mediana em condições de conquistas.
Retirem Romário e Bebeto da seleção de 1994; Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho da seleção de 2002 e coloque tudo na conta do coletivo para ver se chegaria a disputar o título... E nem vou fazer referências a Garrincha, Pelé, NILTON SANTOS, Franz Beckenbauer e outros tantos craques que explicam porque as suas equipes foram sempre campeãs.
L. Castro deve saber quem é o Gentil Cardoso, pois foi técnico em Portugal... Consta que em 1946, ao treinar o Fluminense, disse: "Deem-me Ademir, que eu lhes darei o campeonato." No caso, se tratava do Ademir "Queixada" de Menezes. E cumpriu!
E falava de futebol com frases de simples entendimento, como "Quem se desloca, recebe, quem pede, tem preferência" ou o famoso "Quem não faz, leva"...
Uma vez ou outra uma equipe apenas organizada pode fazer frente em um campeonato, uma vez ou outra uma equipe organizada faz frente às equipes desorganizadas que tem jogadores diferenciados, mas na maioria das vezes o vencedor é quem tem esses um, dois ou três jogadores, já que organização em uma equipe é critério obrigatório.

E quanto aos erros que ele afirma saber, gostaria de entender porque após o Tchê² melhorar a sua performance ao atuar mais adiantado, foi recuado neste jogo frente ao A. Paranaense...
Por que o Jr. Santos que se apresentou mais "inspirado" quando teve mais liberdade de ação, ficou os 90 minutos de assistente de lateral direito?
Por que você sabendo que o G. Pires vinha de contusão e estava amarelado, não o substituiu no intervalo e veio fazê-lo somente quando sofreu o 1º gol?
Sinceramente, tem muita filosofia para tentar explicar os resultados dos jogos, tentando transformar o futebol em ciência, como disse de forma precisa o Carlo Ancelotti, um técnico que venceu muito pouco na carreira.
E para terminar, o torcedor médio quer saber de vencer os jogos, ser campeão, independente do nível de atuação; deste modo, vamos ao simples e objetivo.
SA!!!

Rodrigo Federman disse...

Marcio, por isso sempre digo (independente das vitórias, empates e derrotas), como treinador, o LC é um excelente filósofo. Mas no melhor estilo Rolando Lero!
Abs e SA!!!

Marcio disse...

Rodrigo, repito que não consigo entender essa situação dos técnicos rechaçarem a importância do talento individual.
Veja o que Guardiola falou sobre o Messi:

"Para mim, Messi é tudo na minha carreira e me fez ser mais competitivo. Havia muitos astros com idade perfeita e veteranos de grande nível e se gerou uma boa química entre todos e isso acontece uma vez na vida. Sem ele, iríamos ganhar títulos, mas não tantos. Eu comparo Messi com Michael Jordan quando Phil Jackson podia sentir o que era ter o melhor e ganhou seis anéis."

https://www.lance.com.br/futebol-internacional/pep-guardiola-sobre-lionel-messi-e-tudo-na-minha-carreira.html

E contava com Eto'o, Iniesta, Xavi, Busquets, para ficar em poucos nomes.
Veja, o cara disse que ganharia títulos, mas não tantos.
E vem o L. Castro afirmar que um, dois ou três jogadores que conseguirão a vitória, que futebol é esporte coletivo...
Lembrando que o Guardiola foi quem centralizou o Messi para que pudesse tocar na bola por quantas vezes fosse possivel.
Considerando essa situação, questiono o quanto essa ideia de coletividade pode eventualmente estar atrapalhando o desempenho individual dos jogadores?
Vou dar um exemplo: Será que o V. Sá quase sempre faz as piores escolhas na hora de finalizar uma jogada porque é ruim ou essa obrigatoriedade em auxiliar o lateral o faz chegar cansado ao ataque?
Porra, o cara percorre a todo momento 70, 80 metros... Consegue fazer isso quantas vezes por jogo?
Vai fazer, uma, duas vezes e depois não mais fará!
E o T. Soares? Mesmo sendo um dos melhores em campo, é nítido que já no primeiro tempo começa a puxar o oxigênio de maneira mais forte... Será que esse bendito esquema, onde está obrigado a brigar com toda a linha de defesa para fazer o bendito pivô ou segurar a bola até que alguém do meio percorra 50 metros e encoste para receber o passe não está lhe prejudicando?
Como escrevi acima, o coletivo ajuda na parte individual, mas me parece que os técnicos anulam as individualidades para privilegiar o coletivo.
Nãos mãos desses professores o Garrincha jamais seria quem foi, ou melhor, nem chegaria a jogar.
Querem o jogador comum, o obediente taticamente.
A uniformização chegou ao futebol. Todos iguais!
Vai chegar o dia em que ainda ouviremos que o craque atrapalha o time, pois já andaram questionando o Haaland no Manhester City, ou seja, estão em "progresso nas "análises".

SA!!!

Rodrigo Federman disse...

Marcio, nem precisamos pensar muito: Qual o currículo tem o LC no futebol? Para mim, muito mais status do que propriamente currículo ou capacidade.
Abs e SA!!!

JorgeFs disse...

É sempre esperando que um milagre aconteça, porque vem a gasta esperança de que o mágico acerte, e hoje não é diferente, que depois do fiasco de Curitiba hoje o impossível aconteça

Rodrigo Federman disse...

Jorge, e que os jogadores estejam inspirados sem que precisemos de qualquer interferência do treinador.
Abs e SA!!!

Patinhas disse...

Rodrigo.
Jogo meia boca com possibilidade do Botafogo fazer pelo menos mais gol pra tranquilizar. Mas parece que o Botafogo não consegue tornar as coisas mais tranquilas. Se Jr. Santos soubesse chutar, poderia ser um novo Búfalo Gil. Acho que não é do seu tempo! Vamos torcer pra não acontecer um cochilo no segundo tempo.

Rodrigo Federman disse...

Patinhas, mas olha que hoje eu estou gostando. Hehehe
Abs e SA!!!