23/01/24

Não temos
















Na maioria das vezes, discordo 99% de tudo o que alguns comentaristas falam sobre o Botafogo, jogadores, etc. Principalmente, quando o comentarista é de fora do Rio de Janeiro, já que, provavelmente, acompanha o dia a dia do clube com muito menos atenção.

Mas ontem o Zé Elias falou algo que eu concordo em absoluto:

"- Um dos grandes problemas que o Botafogo teve ano passado são as referências dentro de campo. O Botafogo não teve liderança. O Cuesta, que era o jogador mais velho, que poderia chamar a atenção, ser aquele cara com o temperamento um pouco mais forte, sucumbiu à pressão. Você olhava para ele no gol do Palmeiras naquele jogo, ele cabisbaixo… O Marlon é muito forte fisicamente, mas em determinados momentos faltou chamar a responsabilidade, se tornar líder. O Tiquinho também, sempre foi um grande jogador, mas esse lado de liderança muitas vezes decide".

Perfeito.

É o que sempre falo: Precisamos de craques que decidam as partidas com a bola rolando...
...e de jogador "filho da puta". Ou seja, aquele cara que se garante, suporta pressão, leva e dá porrada (em adversário e companheiro de grupo) e no final também é determinante nas vitórias.

O único que tinha esse perfil, eles não quiseram manter. Justamente porque ele mexeu na ferida quando apontou excesso de soberba e panelinha no grupo. 

Futebol não tem essa de "família". Isso é babaquice para grupo fraco, derrotado e limitado à mediocridade como algo maior. 

Eu quero um grupo que se respeite, apenas. Não quero amiguinhos que frequentam reuniões familiares juntos e/ou que tenham mesmos gostos e preferências musicais, gastronômicas ou qualquer outra merda. 

Enfim, o Botafogo precisa de jogador(es) que não treme(m) e mostre(m) indignação (e não conformismo) com atitudes e resultados medíocres.


SAUDAÇÕES ALVINEGRAS!!!

8 comentários:

Marcio disse...

O grande problema do futebol e especialmente no Botafogo é que criaram um modelo de jogador mais fora do que dentro das quatro linhas e só contratam baseados neste mesmo modelo.
A capacidade técnica para exercer a profissão ficou em última análise.
Não há noticias de casos de indisciplina, desentendimentos internos; rigorosamente nada, mas isso não ganha jogo e muito menos campeonato.
Um dos maiores lideres do Botafogo, também CRAQUE e capitão, Gerson Canhota era tido como "temperamental" por alguns; jamais fugiu de qualquer disputa, na bola ou não.
Já escrevi aqui em volto a repetir mais uma vez; o Botafogo perdeu o Edmundo e ele foi acumular conquistas no Vasco, Palmeiras... Melhor um no estilo Eric Cantona em uma temporada, fazendo pelo Botafogo o que o francês fez pelo Manchester United, do que esse monte de "perfeitos".
O cara é polêmico? Que façam um contrato que resguarde os interesses do clube.
De maneira bem grosseira, se o cara não dorme cedo e adora uma farra, não me interessa; o importante é entrar em campo e jogar futebol de excelente nível, ganhar jogos e títulos.
SA!!!


Rodrigo Federman disse...

Isso mesmo, Marcio! A questão é que se continuarmos contemplando a tal babaquice de "família", o Botafogo será sempre um bando de cordeiros mimados que não têm ambição alguma por coisa grande e valiosa. Serão sempre elogiados pelo atingimento de metas medíocres.
Abs e SA!!!

Chico da Kombi disse...

João Saldanha dizia em 1969: NÃO QUERO JOGADOR PRA CASAR COM MINHA FILHA, SE RESOLVER NO CAMPO, TÁ CONVOCADO. E o Botafogo não precisa de jogador para rezar no vestiário (nada contra a reza!), mas para não amarelar em campo.

Anônimo disse...

Problema maior foi o pênalti muito mal ba
tido pelo tiquinho.
Se faz 4 X 1 palmeiras.jogava a toalha.
O time foi uma merda no segundo turno.
Aquele jogo com um primeiro tempo de almanaque foi decidido por tiquinho.
Não tem outra desculpa
Aquele jogo entregamos moralmente o campeonato.
Marcos

Marcio disse...

Rodrigo, os caras falam tanto em profissionalismo e ao mesmo tempo querem atingir aos objetivos com uma relação "familiar" entre os profissionais. É ou não profissionalismo?
Se coletivamente o pensamento são as vitórias, os títulos, o centroavante deve pensar em ser o artilheiro, o goleiro em ser o menos vazado...
Porra, essa unidade do grupo vai ou deveria ir até certo ponto, pois cada indivíduo tem ou deveria ter objetivos pessoais; a questão é fazer com que esses objetivos pessoais não se confrontem e acabem por impedir os institucionais.
Falaram tanto em família, em grupo, entre outras situações, que sufocaram as individualidades e assim todos se calaram para que algum membro do grupo familiar não se sentisse melindrado.
Por que alguém vai colocar-se em exposição se o grupo ganha ou perde jogos, se atuações ou decisões individuais praticamente não importam?
SA!!!

Rodrigo Federman disse...

É isso aí, Chico!

Marcos, o pênalti foi um erro, mas desculpe, o problema é muito maior.

Marcio, a impressão que tenho até agora, é que tirando os milhões do Textor e a parte das dívidas que ele está organizando (até mesmo, por força contratual...não é filantropia), o gerenciamento do futebol e algumas atitudes continuam iguais ou bem parecidas com a época do amadorismo. E para uma gestão que se diz profissional, é ainda mais absurdo.

Abs e SA!!!

Marcio disse...

Rodrigo, penso que o Textor, dentro de sua capacidade de investimento, deveria ter buscado os melhores profissionais para liderar o processo, aqueles com claro conhecimento e um histórico vencedor mínimo no futebol.
Tenho a sensação de que as coisas vão ocorrendo e não sabem qual rumo tomar.
Aliás, há mais dúvidas do que certezas nos componentes da Eagle Holding e não é fruto do acaso.

SA!!!

Rodrigo Federman disse...

Claro, Marcio! Ele pode ser bem intencionado, mas está pessimamente assessorado por profissionais fracos no futebol do clube.
Abs e SA!!!