30/03/24

Indolência brasileira
















O GE fez uma reportagem muito boa sobre o "furacão Seedorf" entre os anos de 2012 a 2013 (clique aqui e confira na íntegra).

Foi uma passagem inesperada, rica e que infelizmente aconteceu em um período onde o amadorismo imperava de maneira gritante em General Severiano. Mesmo assim, os resultados em campo podem ser considerados "bons" para o curto período.

Uma pena que tinha tudo para ser melhor...
...se houvesse mais calma, conversa franca e se os jogadores brasileiros não fossem tão frescos, mimados e acostumados com bagunça e falta de seriedade.

É claro que o holandês exagerava em alguns pontos. Uma chatice extrema até por coisas pequenas, mas que não poderiam simplesmente ser relevadas sem uma avaliação criteriosa. Bastaria uma simples visualização de toda a carreira, vitórias, currículo e títulos do atleta. O seu sucesso no futebol não foi a toa e nem apenas por estar em clubes enormes. Foi, também, por cultura,  companheiros (em sua maioria) que pensavam parecido, etc.

Um dos jogadores próximos no período, o Fellype Gabriel sintetizou a temporada do craque holandês pelos muros botafoguenses: 

"- O principal era que ele queria mudar tudo muito rápido. Eu disse que as pessoas ficariam com um pé atrás se ele continuasse daquela forma. Muitas das coisas que ele falava faziam sentido. Pode parecer chato, mas faz sentido. Eu sempre levei numa boa porque entendi a preocupação dele. Mas é muito difícil implementar isso no Brasil. Ele sempre queria fazer reuniões para resolver as coisas. E chegava uma hora em que a gente não aguentava mais reunião. Dia de treinamento, jogo, tudo...".

Para bom entendedor, poucas palavras bastam: O atleta brasileiro não quer e nem tem perfil de profissional exemplar, não almeja ser referência ...enfim, quer moleza sempre. Não a toa, o futebol daqui está em franca decadência. 

Ao Botafogo, o Seedorf não chegou a se tornar ídolo histórico, mas foi dos mais importantes (e melhores) jogadores a vestirem a nossa camisa. E se tivessem seguido algumas das suas observações de campeão nato, tenho certeza de que teríamos vivido bons/melhores momentos.


SAUDAÇÕES ALVINEGRAS!!!

5 comentários:

Marcos Antonio disse...

O Botafogo não tinha a menor condição financeira para trazer,com quotas da Globo antecipada na mão dele.
Assunção disse que iria trazer um jogador para fechar o aeroporto pois o Diego Ribas não tinha dado certo.
Se o Botafogo tivesse uma administração séria e responsável ele não vinha.

Rodrigo Federman disse...

Marcos Antônio, mas veio e foi ótimo. Apesar de muito pouco aproveitado (com tudo que poderia trazer agregado).
Abs e SA!!!

Marcio disse...

Inicio o comentário pelo F. Gabriel, que desconfiei e muito do que poderia apresentar, pois sempre me pareceu um jogador fisicamente frágil.
Felizmente no Botafogo jogou um futebol de muito bom nível e facilitou o trabalho do Seedorf.
Já o holandês, por mais incrível que possa parecer, só causa esse "debate" no Botafogo; jamais foi no Ajax, Real Madrid ou Milan.
Além disso, muitos do que "reclamam" jamais decidiram muita coisa dentro de campo...
Como não há quem seja perfeito, obviamente não se pode afirmar que o Seedorf estava 100% certo, só que quem conquistou o que ele conquistou, jogando no nível que jogou, não pode ser rebatido por quem não foi a metade dentro de campo.
SA!!!

Marcio disse...

Humildemente discordo do Marco Antonio.
O custo Seedorf para o Botafogo é imensamente menor do que aquele com uma porrada de jogador inútil contratado ao longo de muito tempo e que justamente levaram o botafogo a essa posição.
Sou um critico da gestão moderno-praiana, mas na contratação do Seedorf continuo favorável.
SA!!!

Rodrigo Federman disse...

Fecho 100% contigo, Marcio.
Abs e SA!!!