Deixa ele ali (por enquanto)

Do meio para frente, o elenco é tão limitado que reconheço ser bastante difícil pensar na formação inicial do Botafogo.

Exceções óbvias ao Savarino e Igor Jesus, os demais atletas são inconstantes e até agora não mostraram absolutamente nada ou pouca coisa.

Talvez, o único - entre todos esses outros - que podemos esperar algo seja o Artur, que convenhamos, teve um péssimo início quando preso na direita e precisando se preocupar primeiro com funções táticas de vai e volta para, só depois, poder pensar em atacar.

Curiosamente, nos dois últimos jogos (enquanto o Savarino continua de fora), o Artur foi deslocado mais para uma espécie de meia armador sem tanta posição fixa e melhorou bastante. Fez um bom jogo contra o Inter e foi, disparado, o melhor na vitória diante do Estudiantes. Em ambos, marcou gols.

E diante desse cenário e crescente, espero que o Renato Paiva o mantenha exatamente assim. É o cara que, por enquanto, pode dialogar com o Igor e arrumar uma coisa diferente. 

Quando o Savarino retornar, aí repensamos.... mas, por ora, não tem porque mexer nessa peça que deu muito certo nos dois últimos compromissos. 

E as duas outras duas vagas na frente? Ah, amigos...aí é jogar a moeda para o alto e vai na sorte mesmo, afinal, não tem o que ser feito.

Alguém discorda?

SAUDAÇÕES ALVINEGRAS!!!

Não podem desligar

Autor do segundo gol na vitória de ontem, o Igor Jesus falou sobre o momento de turbulência que o Botafogo passou diante do Estudiantes no segundo tempo:

"-  Acho que foi um jogo bastante emocionante, mas conseguimos conduzir da melhor forma. Depois que fizemos 2 a 0, baixamos um pouquinho a linha e é uma coisa que não pode acontecer. Espero que possamos trabalhar isso no decorrer da semana para que possamos fazer um bom jogo também no clássico".

A análise está correta, mas durante uma partida, são eles (e apenas eles!) que são capazes de mudar a postura. Ok, vencemos...

...mas depois do apito final acaba sendo uma declaração protocolar. O fato é que se nós, torcedores, identificamos exatamente essa queda (física, tática e de atitude) do time, eles têm capacidade suficiente para também ligarem o alerta antes do caldo entornar.

Nós gritamos para a televisão. Empurrávamos os atletas para os espaços, frente, lados. Mais do que isso, infelizmente (no mundo real) é impossível. Então, os jogadores precisam gritar, cobrar, exigir e dar um algo mais. Não é todo dia que teremos um desempate no frigir dos ovos.

A mudança de atitude deve ser mais do que identificada com a bola rolando. Ela deve ser alterada por aqueles que lá estão participando do espetáculo.

SAUDAÇÕES ALVINEGRAS!!!

A mítica 7 fez a diferença

Foi com emoção (e não precisava ser assim).

O Botafogo precisava vencer o Estudiantes à qualquer custo para continuar vivo na Libertadores. E venceu. Mas o que em determinado momento pareceu que seria, enfim, uma partida toda bem aceitável e com triunfo relativamente tranquilo, quase terminou de forma trágica.

O GLORIOSO chegou a abrir 2 a 0 aos 15 minutos do segundo tempo, mas viu a equipe argentina crescer e empatar quando já havia passado dos 30. Nesse momento, a torcida murchou e todo mundo já se preparava para um frustrante final de partida...

Até que a mítica camisa 7 brilhou e o Artur, disparado o craque do jogo, marcou um golaço aos 40 minutos que nos fez retornar ao sonho.

Final de jogo: Botafogo 3 x 2 Estudiantes.

Era o que precisávamos. E por incrível que pareça, dentro de todas as limitações e do péssimo trabalho do Renato Paiva, nem foi das piores apresentações do time. Pelo contrário, tivemos momentos interessantes com um ou outro detalhe a mais. Ainda assim, com esse treinador, fica complicado esperar melhora ou regularidade. O que começou bem, terminou desnecessariamente perigoso.

Mas, enfim...como falamos ao longo da semana: Desse Botafogo de 2025 até agora, pouco esperamos em relação à desempenho satisfatório. Desse jeito, que venham vitórias magras ou sofridas, afinal, futebol é bola na rede.

Por ora, dormimos tranquilos. Mas continuamos em terceiro lugar no grupo e na rodada final somos obrigados a vencer a La U também. Ou seja, cumprimos a primeira parte do desafio. Nos resta a conclusão. E, antes, o Flamengo no final de semana.

Será mais um jogo tenso, com certeza.

Que o resultado final seja igual.

SAUDAÇÕES ALVINEGRAS!!!

A primeira das duas finais

Não tem outro jeito.

Hoje é final para o Botafogo.

Receberemos o Estudiantes no Niltão, na penúltima partida da fase de grupos da Libertadores.

Só a vitória interessa e nos manterá com chances reais de classificação.

O empate coloca em risco total.

A derrota...bom, se conseguirmos essa proeza, será o adeus precoce e vergonhoso.

Melhor nem pensar nessa hipótese.

É jogo para meio a zero, gol de bunda aos 50 minutos do segundo tempo. Se for assim, será goleada.

Se a vitória for diferente (e apresentando um bom futebol), melhor ainda.

Pra cima deles, Fogão!

SAUDAÇÕES ALVINEGRAS!!!

Descobriu a pólvora

"- A exibição do Artur tem a ver com, não podendo treinar, o histórico dele, porque ele já jogou nesta posição, com as características que eu vejo dele. Ele aproxima-se da baliza do gol jogando ali, é um jogador que pode não ter aquele último passe que tem o Savarino, mas tem outras coisas como teve hoje, a verticalidade e a finalização. Olhando para o elenco e não havendo jogadores para o jogo de hoje que me davam aquilo que eu precisava, pensei nisto assim que o Savarino se lesionou, porque percebi que o Patrick [de Paula] não dava ali, porque não consegue jogar de costas para o jogo, então fui à procura de alguém, e dentro das características é o Artur".

As palavras acima foram do Renato Paiva, após o jogo do domingo, contra o Internacional. 

Ok, é o certo...e até o mais lógico...

...mas não impressiona o fato dele, um cara que vive disso e para isso, demorar tanto para perceber tamanha obviedade?

Há quanto tempo falamos que o PdP não tem mais condições de atuar pelo Botafogo? Ainda mais em uma posição que não tem o menor cacoete?

SAUDAÇÕES ALVINEGRAS!!!

Tomou conta na esquerda

Em 2023, tivemos o Victor Sá na ponta esquerda.

Nada extraordinário, mas um bom ponta, com habilidade, velocidade e muita disciplina tática.

No ano passado, nem precisamos de ponta, afinal, mais ou menos por aquele lado, tínhamos o Almada. E quando se tem um craque, basta.

Para 2025, sem o argentino, o Botafogo resolveu apostar no Santiago. Além dele, vários outros reforços como Rwan Cruz, Elias Manoel, Nathan...todos eles, segundo comentários que li logo que foram anunciados, poderiam desempenhar funções pelo lado esquerdo. 

Sem contar o Jeffinho.

O fato é que nenhum desses vingou. Alguns já mostraram que não tem a menor condição de vestirem a camisa do Botafogo. Outros (como o próprio Jeffinho) seguem desperdiçando oportunidades de, ao menos, suarem a camisa e fazer valer quando relacionados.

E se ninguém consegue se firmar, surge o Cuiabano na base, meio que improvisado. Apesar de lateral esquerdo, o jogador atuou em alguns momentos mais avançado na época do Grêmio. 

Quando chamado pelo Renato Paiva, mostrou ter sido um acerto. Marcou gols importantes nos dois últimos jogos, além de força física, agressividade e bastante disposição. 

Ele já merecia a titularidade na lateral, mas agora, como os reforços não vingaram, que seja mantida a dupla Telles e Cuiabano.

Está dando certo. Logo, espero que o treinador não mexa nisso.

E para você, o Cuiabano é o grande destaque do Botafogo em 25?

SAUDAÇÕES ALVINEGRAS!!!